O site “Exército Universal” formado por frequentadores da Igreja Universal do Reino de Deus, afirma que trama global fará adoração a "Ogum".
“Sem que percebam e mesmo que não venerem ‘ogum’, muitos lares evangélicos cederão seus espaços para que a entidade espiritual entre e trabalhe. O termo ‘salve’ denota saudação respeitosa. Ao ressoar no recinto as palavras ‘Salve Jorge’, muitos estarão saudando conscientemente o ‘espírito’”, diz um texto do site.
O site ainda afirma que a novela faz apologia ao lesbianismo e critica as personagens vividas por Vera Fischer (a atriz declarou em entrevista que transará com mulheres na trama), e Thammy Gretchen, assumidamente lésbica na vida real, e que viverá uma policial masculinizada na história.
Segundo informações passadas pelos responsáveis pelo "Exército Universal" ao Vírgula Lifestyle, o objetivo da publicação não é um boicote:
O blog do bispo Edir Macedo também resolveu juntar forças contra a novela e convocou os fieis a assistirem a novela “Rei Davi” que está sendo reprisada pela Rede Record ao invés da novela da Globo transmitida no mesmo horário.
“Quem é mais importante? Davi, o rei que agradou ao coração de Deus, ou Jorge, um deus pagão travestido de santo? Quem merece sua atenção? Quem é o verdadeiro exemplo?". Com o texto foi publicada a imagem de Davi atacando São Jorge montado em um cavalo.
Procurada pelo Vírgula Lifestyle, a Rede Globo informou:
“A novela não fala de São Jorge, fala do mito do guerreiro, figura existente em qualquer cultura, religiosa ou não. A única coisa que aparece de São Jorge é o fato de ele ser o padroeiro da cavalaria. É por isso que o personagem de Rodrigo Lombardi é devoto dele, pois pede proteção a cada ação. Com o decorrer da novela no ar isso ficará evidente para todos os grupos".
Sobre a acusação de incentivar o lesbianismo, a emissora declarou que tal fato não tem veracidade: "Não há sequer referência a lesbianismo na trama".
Fonte: Vírgula
OPINIÃO DO CLARK: É vergonhoso como esses evangélicos gostam de inverter situações para impor seus valores. Alguns argumentarão: "impor valores? mas ele só está falando para os próprios fiéis deixarem de assistir". Ora, como se outros evangélicos não fossem influenciados por isso e esse "boicote" não acabasse por influenciar na liberdade artística da autora. Outros autores pensarão um milhão de vezes antes de escreverem algo com medo do boicote de algum grupo religioso também.
No final das contas, uma ação organizada como essa acaba, mesmo que indiretamente, impondo valores evangélicos a sociedade. Ação semelhante a que ocorrem entre os alunos evangélicos amazonenses que boicotaram uma atividade escolar por se tratar de algo ligado a cultura africana, já relatado aqui no blog.
No frigir dos ovos, mais uma vez religiosos tentando se impor na marra. A história está cheia deles.
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