O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) acusou a mesa diretora da Câmara de discriminação religiosa, porque, segundo ele, só permite ali a celebração de cultos de duas religiões, a evangélica e a católica.
Ele postou em sua página no Facebook a foto de um culto celebrado por deputados-pastores no plenário 1 ou 2. Disse ter visto “um fervoroso deputado João Campos” [presidente da Frente Parlamentar Evangélica] e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). Afirmou que a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos Brasileiros) celebra em plenário uma missa por mês.
O deputado disse que esse “privilégio” não se estende às demais religiões. “A mesa diretora negou aos adeptos das religiões de matriz africana o direito de realizar um xirê nas dependências da Câmara”, escreveu.
“Também não há cerimônias budistas, judaicas, zoroastristas e etc.", disse. “A liberdade de culto aqui [na Câmara] é só pra alguns! Sendo o Estado laico (sem paixão religiosa de nenhum tipo), ou se permite todos os cultos ou, melhor, não se permite nenhum!”
A Frente Evangélica informou em setembro que a Coaud (Coordenação de Audiovisual) da Câmara estava gravando os cultos em plenário para que fossem postados no blog da entidade. Se isso ocorrer, significará gasto da Câmara com funcionários e equipamentos de gravação para atender aos evangélicos.
Wyllys pediu aos fiéis dos credos discriminados que exigiam da Ouvidoria da Câmara a aplicação da neutralidade em obediência à laicidade do Estado brasileiro.
Fonte: Blog Paulopes
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