Era uma questão de tempo. O consumismo exacerbado da sociedade moderna iria levar mesmo a isso, endividamento com posterior incapacidade de honrar seus compromissos. Para se ter uma idéia, em média, cada família dos Estados Unidos tem 13 cartões de crédito! (Nós temos só 10) (http://clippingmp.planejamento.gov.br/cadastros/noticias/2008/10/19/calote-em-cartao-cresce-nos-eua/)
Mas vamos analisar o ocorrido.
* 2001 - crise das empresas de comércio eletrônico e reduçao dos juros por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para que a economia se recuperasse. A demanda por imóveis cresceu, devido às taxas baixas de juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas.
* 2003 - os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano.
* 2005 - "boom" do mercado imobiliário avançado. As pessoas compravam imóveis na expectativa de que a valorização dos fizesse da nova compra um investimento. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e, também, gastar (mais!!!!!).
As empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento "subprime". O cliente "subprime" é um cliente de renda muito baixa, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda.
Em busca de rendimentos maiores, gestores de fundos e bancos compram esses títulos "subprime" das instituições que fizeram o primeiro empréstimo e permitem que uma nova quantia em dinheiro seja emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos.
Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).
* 2006 - após atingirem o pico, os preços dos imóveis, passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começa a superar a demanda e desde então o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com os juros altos, o que se temia veio a acontecer: a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas gerando assim um ciclo.
No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.
Está na hora da sociedade rever seus conceitos!
Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u445011.shtml
Mas vamos analisar o ocorrido.
* 2001 - crise das empresas de comércio eletrônico e reduçao dos juros por parte do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano) para que a economia se recuperasse. A demanda por imóveis cresceu, devido às taxas baixas de juros nos financiamentos imobiliários e nas hipotecas.
* 2003 - os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano.
* 2005 - "boom" do mercado imobiliário avançado. As pessoas compravam imóveis na expectativa de que a valorização dos fizesse da nova compra um investimento. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e, também, gastar (mais!!!!!).
As empresas financeiras especializadas no mercado imobiliário, para aproveitar o bom momento do mercado, passaram a atender o segmento "subprime". O cliente "subprime" é um cliente de renda muito baixa, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar renda.
Em busca de rendimentos maiores, gestores de fundos e bancos compram esses títulos "subprime" das instituições que fizeram o primeiro empréstimo e permitem que uma nova quantia em dinheiro seja emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Também interessado em lucrar, um segundo gestor pode comprar o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerando uma cadeia de venda de títulos.
Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).
* 2006 - após atingirem o pico, os preços dos imóveis, passaram a cair: os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começa a superar a demanda e desde então o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.
Com os juros altos, o que se temia veio a acontecer: a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo, desaquecendo a maior economia do planeta. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas gerando assim um ciclo.
No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo, por isso o pessimismo influencia os mercados globais.
Está na hora da sociedade rever seus conceitos!
Adaptado de: http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u445011.shtml
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