O Brasil não comemora o Dia de Ação de Graças como os Estados Unidos — o Thanksgiving lá é celebrado todo 28 de novembro. Mas aqui, assim como lá, temos desde 2010 a Black Friday, a sexta-feira em que lojas decidem praticar descontos em determinados produtos.
A revista americana Forbes avaliou, em artigo, a tradição importada dos Estados Unidos para cá como uma oportunidade de lojistas aplicarem certos golpes em compradores compulsivos, felizes por participarem de uma tradição americana que, segundo o articulista Kenneth Rapoza, "é tão estranha para eles como a lua". Para o artigo, se nos EUA a Black Friday é conhecida como o dia dos descontos, no Brasil ela virá a ser conhecida como "o dia da fraude".
Para o autor do texto, se o Brasil fizesse a Black Friday de maneira correta, haveria pessoas acampando em frente ao Shopping Pátio Higienópolis, em um bairro nobre de São Paulo, na noite de quinta-feira, ou ao menos grudadas na porta de uma rede como a Fnac à 1h da manhã. Porque nos Estados Unidos, a tradição é ver filas de consumidores acampados em frente a grandes redes varejistas à procura de eletroeletrônicos.
O texto lembra que, na última terça-feira (26), a Fundação Procon-SP divulgou uma lista com o nome de 325 lojas online que devem ser evitadas por já terem sido alvo de reclamações de consumidores e por não terem sido encontradas pelo órgão para o registro dos problemas. Ele destaca também que a fundação deu dicas sobre o que conferir na hora da compra para estar seguro quanto à autenticidade da loja e por que evitar transações online em lanhouses.
O autor informa ainda que, se nos Estados Unidos os consumidores são mais conscientes quanto aos seus direitos - e às vezes tendem até a abusar deles - no Brasil, isso não acontece. "O Brasil não é uma sociedade litigiosa. Você é atropelado, sorri e aguenta". Ele aponta ainda a criação do site ReclameAqui, que dá voz aos consumidores lesados por companhias e que, certamente, tem no Black Friday a época mais movimentada do ano.
Fonte: R7
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