quinta-feira, 14 de março de 2013

Papa Francisco possui críticos ferrenhos em sua terra-natal

"É um jesuíta até a medula. Ele fala pouco. Ouve o dobro do que fala. E pensa o triplo do que ouve", afirmou ao um ex-embaixador argentino em Roma, que completa dizendo que jamais desejaria ter Bergoglio como inimigo. Com ironia, explica: "Quem vive, como Bergoglio, só à base de frango cozido e verduras, só pode ser um cara perigoso."

Ordenado sacerdote aos 33 anos, aos 36 já era o comandante dos jesuítas na Argentina. Nos anos que se seguiram - as décadas de 1970 e 1980 -, paira uma nebulosa sobre a vida de Bergoglio. Jornalistas investigativos argentinos sustentam que ele colaborou ativamente com a última ditadura (1976-83), delatando os jovens sacerdotes, que foram sequestrados pelos militares.

Os parlamentares da esquerda, que se confrontaram com frequência com Bergoglio por questões como a legalização do aborto, o definem como "o pior dos inimigos, porque é um inimigo muito inteligente". No entanto, o cardeal também os desconcerta ao realizar furiosos ataques contra o neoliberalismo. 

Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, ao lado do
ditador general Jorge Rafael Videla


Fonte: Estadão

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