"É um jesuíta até a medula. Ele fala pouco. Ouve o dobro do que fala. E pensa o triplo do que ouve", afirmou ao um
ex-embaixador argentino em Roma, que completa dizendo que jamais
desejaria ter Bergoglio como inimigo. Com ironia, explica: "Quem vive,
como Bergoglio, só à base de frango cozido e verduras, só pode ser um
cara perigoso."
Ordenado sacerdote aos 33 anos, aos 36 já era o comandante dos jesuítas
na Argentina. Nos anos que se seguiram - as décadas de 1970 e 1980 -,
paira uma nebulosa sobre a vida de Bergoglio. Jornalistas investigativos
argentinos sustentam que ele colaborou ativamente com a última ditadura
(1976-83), delatando os jovens sacerdotes, que foram sequestrados pelos
militares.
Os parlamentares da esquerda, que se confrontaram com frequência com
Bergoglio por questões como a legalização do aborto, o definem como "o
pior dos inimigos, porque é um inimigo muito inteligente". No entanto, o
cardeal também os desconcerta ao realizar furiosos ataques contra o
neoliberalismo.
Jorge Mario Bergoglio, Papa Francisco, ao lado do ditador general Jorge Rafael Videla |
Fonte: Estadão
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