sábado, 1 de agosto de 2009

Mídia, mídia, mídia e meias verdades.

Já estiveram na Costa Rica? Acho que iriam gostar. O turismo ecológico lá é fenomenal e mostra ao mundo que associar economia e conservação é possível. Desenvolvimento sustentável! Mas depois falaremos sobre a história de sucesso da Costa Rica, por momento vamos falar sobre outro país insular da América Central.



Depois de passarmos pela Costa Rica e voltarmos ao Panamá, Ellen pediu para darmos uma passadinha em Honduras para podermos visitar os monumentos maias que lá existem.



Tudo corria bem quando de repente as coisas esquentaram. Isso sempre acontece com a gente. Estávamos no meio de um golpe de estado. Para se ter uma idéia, um dia a noite ouvimos diversos estrondos, Ellen imaginando tratar-se de fogos de artifício e adoradora de tais espetáculos rumou em direção aos estrondos. Quando percebemos, estávamos no meio de um confronto entre o exército e manifestantes. Tais estrondos eram bombas de efeito moral e de gás lacrimogêneo. Com os olhos ardendo e o lombo ardido de algumas cacetadas, conseguimos retornar ao hotel onde ficamos confinados. Finalmente com a intervenção da embaixada americana conseguimos sair do país e como de costume resolvemos ir para o lugar onde conseguimos ter sossego.

Chegando ao Brasil, obviamente o que mais se via nos noticiários era a situação hondurenha. Golpe de estado? Sim, mas de quem? Imagino que ao lerem os jornais e assistir aos noticiários vocês estão tendo a sensação de que os militares derrubaram um governo eleito democraticamente. Isso configuraria golpe de estado, se o tal governo eleito democraticamente não estivesse tentando ele sim dar um golpe. O que a mídia não fala, quero acreditar que por serem péssimos profissionais e não por comodismo, é que o então presidente Manuel Zelaya queria incluir mais uma urna nas próximas eleições para verificar se seus compatriotas estariam de acordo com uma Reforma Constitucional proposta por ele para um terceiro mandato.

Consultada, a Suprema Corte rechaçou tal idéia por ser totalmente contra a Constituição do país. Mesmo com tal decisão, Zelaya resolveu afrontar a Justiça de seu país e quis levar adiante suas pretensões. Isso não seria uma espécie de golpe? O camarada desrespeita copiosamente uma decisão do Poder Judiciário de seu país e agora vem dar uma de coitadinho com o aval da OEA?

Vejo a situação em Honduras como uma defesa da Constituição do país. Tanto que o presidente interino Roberto Micheletti já assumiu o poder com o intuito de convocar eleições gerais. E então de quem foi o golpe?

Ah, muitos dirão, mas ele queria só consultar a população. Ah, sei! Mais um esquerdista fingido a democrático querendo perpetuar-se no poder as custas de fraudes eleitorais, não é Chávez?

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