segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Continuam querendo apenas o peixe!

Como ferrenho crítico de programas assistencialistas como o Bolsa Família, me surpreendi em agosto de 2008 quando o governo anunciou um plano para qualificar profissionalmente beneficiários do programa. Pensei, "até que enfim resolveram ensinar a pescar"!

Qual não foi meu embabascamento quando li hoje uma notícia na página 5 do jornal O Tempo de Belo Horizonte que o tal programa de qualificações ficou só no papel. A primeira vista quando li a manchete, imaginei que tratou-se de mais uma promessa que não foi levada adiante pelo Governo Federal, mas lendo a reportagem vi que no ano passado, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome selecionou cerca de 370 mil pessoas com mais de 18 anos e no mínimo quarta série do ensino fundamental concluída para serem agraciados. A essas pessoas foram enviadas correspondências apresentando-lhes o Plano Setorial de Qualificação e as convidando a participar. O retorno foi de cerca de 5%!!!!! Apenas 18.500 pessoas, aproximadamente, mostraram interesse.

Segundo Ronaldo C. Garcia, secretário de articulação institucional e parcerias do Ministério de Desenvolvimento Social, "uma grande parte dos beneficiários não respondeu ao plano de qualificação por temor de perder o benefício do Bolsa Família pelo fato de participar dos cursos".

É a esse tipo de gente que o meu e o seu imposto está sustentando. Nesse ano de 2009, o governo decidiu elevar de R$120,00 para R$137,00 o limite de renda mensal das famílias beneficiadas, ou seja, mais pessoas terão direito ao benefício do Bolsa Vagabundagem Família que terá um orçamento de 12,3 bilhões de reais.

Não sei vocês, mas ao meu ver deveria ser incluído nas exigências para continuar como beneficiário a participação em algum curso com um índice mínimo de aproveitamento. Quem não cumprisse, estaria fora!!!

Abaixo, encontra-se a reportagem vinculada ao periódico. Basta clicar para ampliar.


Um comentário:

  1. Acredito que este programa da forma como foi concebido esta errado, afinal propôs se dar uma ajuda, mas não foi dito que seria por tempo limitado. Veja que a pessoa recebe seu salário, o que em algumas partes do Brasil é significativa, e não é convidado a carpir o mato, a pintar a escola do bairro, a lavar a louça das creches...
    Poderia pedir que ficassem diante de algum prédio público para evitar depredação, etc...
    Nada, não pedem nada em troca. Ai alguem resolve oferecer ensino gratuito e os vagabundos não aceitam. Saibam que eu ficaria louco de alegria em fazer algum curso destes, só que infelizmente não tenho condições de pagar...
    Vamos levando....

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