quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Médicos da rede pública batem ponto, mas fogem do serviço

Fogem, literalmente!

"Um grupo de médicos e enfermeiros raramente é visto atendendo no hospital público Cardoso Fontes, em Jacarepaguá, no Rio de Janeiro. Praticamente desaparecidos da emergência e dos ambulatórios, onde deveriam trabalhar todas as semanas e têm salários de até R$ 16 mil, os profissionais passam o dia cumprindo extensa agenda de clientes em hospitais e clínicas particulares das zonas sul e oeste da cidade, segundo o jornal O Dia. Na hora de marcar consultas com os profissionais no Cardoso Fontes, a desculpa é sempre a mesma. 'Não há vaga e nem previsão' de quando o médico estará disponível. Um dos casos é do urologista André Guilherme Lagreca da Costa Cavalcanti, que no dia 28 de junho atendeu 36 pessoas que esperavam no ambulatório. Foi a única vez naquele mês que os pacientes viram o médico no hospital, onde ganha R$ 9 mil por mês.

Outro exemplo é o do geriatra Paulo Roberto Fernandes, diretor da unidade até outubro. De acordo com o jornal, a agenda de atendimento fica trancada na mesa da enfermeira Vera Lúcia e ninguém consegue marcar uma consulta com o profissional, onde deveria trabalhar 40 horas por semana para ganhar R$ 11 mil. Outro desaparecido é o ex-diretor do hospital, o oncologista José Francisco Ferrão, que recebe quase R$ 16 mil. O nome do médico nem aparece entre os servidores do hospital e os pacientes da unidade não conseguem consulta. Para achá-lo, somente em sua clínica particular, onde a consulta sai por R$ 150. Outra médica com a agenda lotada é Mauricea de Santanna, com carga de 40 horas por semana e salário de R$ 8 mil. Seus colegas mais novos do Cardoso Fontes não a conhecem e os antigos se assustam quando alguém quer saber dela. A ginecologista Magali Luppo Cordeiro, com status de chefia no hospital de Jacarepaguá, onde recebe R$ 16 mil por mês, tem duas matrículas no Ministério da Saúde e total de 60 horas semanais - ou 12 horas por dia, já que não trabalha nos fins de semana. Com a agenda no consultório particular duas vezes por semana, fica difícil atender nos dois lugares. Fonte: Terra."




Casos isolados? Infelizmente, como bom brasileiro, não posso crer que sejam.

Quando o CFM diz que os médicos não vão para o interior por conta da estrutura precária, será que estão se referindo a falta de clínicas particulares para os médicos atenderem durante o horário de expediente na rede pública?

Não sou petista, muito pelo contrário, me alinho mais ao PSDB, mas casos assim me faz ter mais certeza do que eu já tinha. Coloquemos quem quer trabalhar na rede pública e deixemos esses playboyzinhos, patricinhas e dondoquinhas curtirem seus consultórios. Falta estrutura, mas falta principalmente ética e vontade de trabalhar para o povo.

Que venham os estrangeiros! Não só os cubanos.

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