Muitas pessoas ainda veem animais como seres inferiores, contudo ao utilizarmos uma abordagem biológica, essa denotação cai por terra, uma vez que os tetrápodes (anfíbios, répteis, aves e mamíferos, grupo onde estão incluídos cães, gatos e humanos) possuem sistemas nervosos complexos que os permitem sentir, assim como nós, sede, fome e dor.
A falta de educação e conhecimento, além da maldade, faz com que as pessoas cometam atrocidades contra os animais que não teriam coragem de cometer com outros seres humanos. Os gatos são os principais alvos de uma sociedade estúpida que em pleno século XXI ainda propaga lendas medievais atribuídas a esses animais. Tidos como traiçoeiros, vivem sendo vítimas, principalmente, de envenenamento, mas quem realmente conhece sabe o quanto estes animais podem ser dóceis, carinhosos e amigos (lembramos que envenenar gatos é crime: Lei Federal 9.605/98 / Decreto 24.645/34). (Leia também: Como evitar toxoplasmose durante a gravidez? A culpa é do gato?)
Em menor escala, mas também vítima da estupidez humana vem os cães. Nesta balança ainda cabem os demais grupos.
Vale ressaltar que o abandono é uma das maiores agressões a que um animal está exposto. Muitas pessoas ainda acham que animais são objetos, o que acaba dando a eles status de presente. Mas lembremos que trata-se de uma vida, sendo portanto, algo que requer muita responsabilidade. É muito bonitinho dar um filhotinho de qualquer animal, mas lembre-se que não é um objeto e que esse animal irá crescer. Essa é a fase em que ocorre grande parte dos abandonos. (Leia também: Dar animal de presente é um erro)
Uma outra causa é o excesso de prole. Uma medida simples para reduzir o abandono é a castração. Atualmente, quase todas as cidades possuem programas gratuitos de castração de animais. O raciocínio é lógico, sem prole indesejada, sem animais sendo jogados nas ruas ou sendo simplesmente mortos. Em Belo Horizonte as castrações são feitas nos Centros de Controle de Zoonoses e não são destinadas apenas aos moradores da capital mineira. Clique aqui e veja os endereços e telefones das unidades. Você, leitor que mora em outras cidades, disponibilize nos comentários os locais em sua região.
Contra tudo isso, ainda existem pessoas interessadas em ajudar estes seres vítimas da imbecilidade do chamado Homo sapiens (sapiens!?). Vamos lhes dar umas dicas de como ajudar a quem quer ajudá-los. As dicas são do blog M de Mulher e eu as encontrei no blog Fulaninha Entretenimentos.
1. Doe ração, acessórios e remédios veterinários
Muitas ONGs estão superlotadas e não conseguem fundos para alimentar todos os animais, ficando com seu orçamento no vermelho na maioria dos meses. Por isso, doar ração todos os meses é um ótimo jeito de “adotar” um cãozinho ou gato sem ter espaço dentro de casa. Um pacote de 20 quilos custa, em média, R$ 80. Pesou? Doe um pacote mês sim, mês não. Além disso, você também pode doar acessórios, como coleiras usadas, roupinhas e cobertores para as instituições. Remédios dentro do prazo de validade também são aceitos.
2. Siga e compartilhe
Diversos animais conseguem lares através do compartilhamento e comoção gerada em redes sociais. Por isso, ajude a causa compartilhando as ações delas no seu Facebook, Orkut, Twitter ou qualquer outra rede social. É uma forma de auxiliar sem gastar nada -apenas alguns segundos do seu dia.
3. Ajude com dinheiro
Se você pode contribuir com dinheiro, vez ou outra, faça uma doação através de depósito bancário para instituições de sua confiança. Vale, porém, acompanhar o trabalho da instituição, para ver se o dinheiro está sendo gasto de maneira consciente. Não há valor mínimo para doar.
4. Abra suas portas temporariamente
Muitas ONGs precisam de lares temporários, pois estão com seus espaços lotados para acolherem mais animais de rua. Por isso, se você quer ser um dono temporário, precisará se inscrever em sites e passar por entrevistas e vistorias. Tenha em mente, porém, que você é o dono temporário e que a qualquer momento o bichinho pode ir embora. Cabe lembrar também que muitos donos temporários acabam se apegando aos animais e os adotando definitivamente.
5. Divulgue notícias de maus tratos e de animais perdidos
Para que a criminalidade relacionada a animais diminua, a sociedade precisa ficar atenta e não deixar que pessoas que os maltratam saiam impunes. Fiscalizar através de redes sociais funciona. Você se lembra do caso da enfermeira, que em dezembro de 2011, agrediu um cãozinho da raça Yorkshire até a morte? Graças a postagens em redes sociais, o vídeo teve mais de 60 mil acessos em um único dia e ainda atingiu os Trending Topics (assuntos mais discutidos) do Twitter. Porém, a punição para esses casos ainda não é como os protetores dos animais gostariam que fossem: a enfermeira não foi presa, terá apenas de pagar cestas básicas ou prestar serviços à comunidade. Ao menos, graças às redes sociais, não ficou impune. Por isso, se você abraça a causa, compartilhe notícias de maus tratos em sua rede e acompanhe o caso – não deixe que caia no esquecimento. Ah, compartilhar casos de animais perdidos também pode ajudar os bichinhos a encontrarem os donos novamente.
6. Adote um amigo
Em vez de comprar um animal de estimação, pense em adotar de ONGs e abrigos. A vantagem é que há cães e gatos de todas as idades, que se adaptarão a todos os perfis de donos – desde os mais calmos aos mais agitados. Adotar os mais idosos traz outra vantagem: o temperamento dele não mudará, ideal para quem mora em apartamento e precisa de animais mais calmos.
7. Faça trabalho voluntário
Algumas instituições, como a Gatos do Campo de Santana, organizam dias para voluntários ajudarem, como Dia do carinho, Dia do banho, entre outros. Além disso, muitas ONGs precisam de voluntários fixos. Basta querer ajudar e se comprometer mensalmente.
8. Assine petições contra abusos
Ficou sabendo de uma nova petição que protegerá os animais? Entre no site, assine e divulgue entre sua rede de conhecidos. O Instituto Nina Rosa publicou uma lista de petições que precisam de assinaturas. Veja aqui.
9. Apadrinhe um animal
Você ama animais, mas não pode tê-los em casa por motivos diversos? Então, apadrinhe um. Diversas ONGs, instituições e associações oferecem essa opção. Funciona assim: você fica responsável por um animal específico, contribuindo em dinheiro para o bem-estar dele, até que ele seja adotado. Também pode visitar e levar muito carinho.
10. Socorra ao ver um animal doente na rua
Caso veja algum animal atropelado ou doente, preste socorro, levando a uma instituição ou a um hospital veterinário mais próximo. Muitos hospitais, ao saberem que o animal é de rua, cobram um preço mais barato. Além disso, os animais de São Paulo estão prestes a ganhar um Hospital veterinário público. O projeto é do vereador Roberto Tripoli (PV) e já foi aprovado pelo prefeito Gilberto Kassab. Ficará localizado no bairro do Tatuapé, zona leste da cidade. Veja o que fazer caso encontre um animal de rua que precisa de ajuda:
- Após levar ao hospital, divulgue que você encontrou o animal, com cartazes pelas ruas e também em redes sociais. Deixe o cartaz em clínicas veterinárias próximas e pet shops.
- Se não encontrar os donos e você não puder ficar com o animal, recorra a uma ONG ou a algum amigo ou parente.
Abaixo, cinco instituições, ONGs ou associações para ajudar. Caso tenha outras sugestões, sinta-se a vontade para informar nos comentários.
SOS Gatinho de Rua
Localizada em Brasília, a instituição ajuda 90 cães e 220 gatos. Aceita doações de ração, acessórios, medicamentos, camas, cobertores, comedores, material de construção e doação em dinheiro. É possível também apadrinhar animais e ser voluntário para visitas, escovação e banho. No site você encontra mais informações e também os animais disponíveis para adoção. Veja o Facebook aqui!
Projeto Bicho de Rua
Localizado em Porto Alegre (RS), o Projeto Bicho de Rua foi criado por um grupo de amigos para promover o bem-estar animal. Oferece animais para adoção (cães, gatos, coelhos, cavalos, entre outros) e estimula a guarda responsável. Não possuem abrigo próprio. Funciona como uma Rede Solidária de apoio à causa, fazendo a divulgação de abrigos e indo atrás de recursos financeiros. Ou seja, captam recursos para comprar alimentos e pagar castrações e outras necessidades de ONGS cadastradas.
Saiba mais em: www.bichoderua.org.br / www.facebook.com/paginadobicho
Gatos do Parque
A Gatos do Parque é um grupo de protetores de gatos independentes de Fortaleza (CE). Além de doações em dinheiro para castrações, aceitam rações para adultos e filhotes, medicamentos diversos (vermífugos, vacinas, entre outros) e areia higiênica. Também precisam de lares temporários e/ou definitivos, pois não contam com abrigo próprio.
Para ver os animais para adoção e ter mais informações, entre aqui.
Adote um Gatinho
A Adote um Gatinho é uma ONG com mais de 400 gatinhos abrigados, para adoção. Aceita todo tipo de doações: dinheiro, rações, remédios, cobertores, areia sanitária, caixa de transporte e tudo o que servir para gatinhos. Também cadastra voluntários para lares temporários e permite apadrinhamento dos animais, a partir de R$ 30 por mês. Caso você queira ser voluntária, também pode.
Todo contato é feito pelo site:
SOS Vida Animal
A SOS Vida Animal é uma ONG que trabalha na educação da comunidade, na cidade de Londrina, visando esclarecer à população em relação à guarda responsável de cães e gatos. Eventualmente, também animais de carga, como cavalos. Aceita doações de rações, acessórios e medicamentos, além de doações em dinheiro. Precisam de voluntários para lares temporários e padrinhos para os animais. A cada 15 dias, também realiza feira de adoções. Se você quiser ser um voluntário, a ONG aceita veterinários, adestradores, pessoas que topem passear com os animais e também participar das feiras e de banhos coletivos.
Informações em www.sosvidaanimal.org.br / www.facebook.com/sos.vidaanimal
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