Em primeiro lugar peço desculpas pelos longos hiatos entre as postagens. Minha vida profissional está consumindo bastante tempo por estes dias.
Quem acompanha o blog sabe que uma das coisas que mais me irritam é a perturbação do sossego. Já falei sobre isso várias vezes.
Ontem estive em Belo Horizonte e estava voltando para minha cidade. Parado no ponto do ônibus aguardando a lotação metropolitana ouvia acordes toscos de altíssimos de uma guitarra. Algum imbecil se achando o melhor guitarrista do mundo e provavelmente querendo aparecer estava tocando rifs desconexos e aproveitando para se exibir, sem contudo perceber o ridículo que estava passando, sobretudo nos solos estridentes e mal improvisados.
Meus ouvidos chegaram a doer e nem sei como esse idiota conseguia estar ao lado do amplificador.
Enfim, junto a mim, aguardavam o ônibus outras pessoas de minha cidade, incluíndo algumas que eu sei (moro em cidade pequena) que tem o duvidoso gosto de apreciar o dito "funk" carioca.
Em dado momento, uma das meninas vira para outra e pergunta. "De onde está vindo essa música irritante?" De fato estava irritante mesmo, mas o que me deixou levemente satisfeito foi ver que a "mina funkeira" estava se irritando com o alto volume. Por que isso? Ora, afinal de contas essa não é a mesma que fica desfilando nos fins de semana em carros com som automotivo extra-hiper-mega estrondosos tirando o sossego de todos? Deveria estar acostumada a som alto. Ah, mas não era o tipo de "música" que ela gosta...
Não tenho a esperança de que ela tenha tomado isso como lição, mas que foi ótimo ver ela e seus acompanhantes tomando do próprio veneno, foi.
Quem dera eles percebessem que da mesma forma que aquele som, que eles não gostaam, estava incomodando, o que eles gostam pode também incomodar a outras pessoas quando está com volume excessivamente alto.
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