sexta-feira, 2 de abril de 2010

Manipulação das informações e a crise dos mísseis de Cuba

Vocês obviamente já devem ter ouvido falar e, principalmente, estudado em História a Crise dos Mísseis de Cuba. Para quem não se lembra ou é ignorante a ponto de nunca ter ouvido falar, tratou-se de um episódio da Guerra Fria ocorrido em outubro de 1962, quando a União Soviética (URSS) buscou instalar mísseis nucleares em Cuba.

A desculpa oficial, era a de defesa do teritório cubano, uma vez que este havia sofrido uma tentativa de invasão (Invasão da Baía dos Porcos) pelos Estados Unidos (EUA) um ano antes.

Os EUA então reagiram. A princípio, buscaram uma saída diplomática, contudo acabaram apelando para um bloqueio naval. Foram treze dias de angústia em que o mundo estava próximo do holocausto nuclear.

Finalmente, a URSS recuou e o mundo respirou aliviado.

Ou seja, os EUA venceram o conflito? É o que nos fazem pensar, não é mesmo?

Clandestinamente, os EUA articulavam junto a espiões soviéticos que viviam em seu próprio território uma solução para a crise. Apesar dos discursos durões do presidente Kennedy, a diplomacia nunca havia sido abandonada por baixo dos panos.

Não! A URSS não fraquejou. Ela recuou pois conseguiu exatamente o que queria, a desativação do arsenal nuclear estado-unidense que havia sido instalado na Turquia (país vizinho da União Soviética) um ano antes.

E assim, a mídia mais uma vez manipula as informações para parecerem que os EUA são os maiorais, quando na realidade, houve uma contrapartida significativa para o recuo soviético.

Não confie cegamente em tudo que você lê nos livros de História!

Para saber mais, assista ao filme "Treze Dias que Abalaram o Mundo", dirigido por Roger Donaldson e baseado no livro Thirteen Days escrito pelo irmão do presidente John Kennedy, Robert Kennedy.



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