sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Um diálogo pra lá de urgente!!!

O Estado de Israel foi fundado em 1948 após o Plano de Partilha elaborado pela ONU que dividiu a região, então sob domínio britânico, em Estados árabe e judeu. Tal plano foi o ponto alto do movimento sionista do final do século XIX que buscava um Estado independente para os judeus. O movimento optou pela aquisição de terras na palestina, ocorrendo então a intensa migração de judeus para essa região onde eles ficam fazendo uma dancinha esquisita e balbuciando umas coisas que ninguém entende. Edir Macedo afirma que é pacto com o diabo!

Como era esperado, os árabes rejeitaram o plano, tendo em vista que já viviam na região e não tinham como competir com os investimentos maciço de judeus, espalhados pelo mundo inteiro, principalmente os dos EUA que embora representem apenas 3% da população formam grande parte dos alunos nas melhores boates, quer dizer, universidades, são mãos de vaca pra caralho, melhor dizendo, riquíssimos e compram, aliás, dominam o cenário acadêmico americano. Leiam A Indústria do Holocausto de Norman Finkelstein para maiores informações.

Faixa de Gaza, o riquíssimo objeto de disputa


Porém, por que exatamente aquela região foi alvo da cobiça dos sionistas? Bem, vale ressaltar o fato dos hebreus (judeus) a terem habitado até 63 a.C., quando Tito - filho e sucessor do imperador Vespasiano - ordenou a invasão de Israel. Essa invasão levou os judeus a uma fuga em massa da região. Hoje essa fuga é conhecida como Diáspora.

É uma questão extremamente complicada! O fato dos judeus terem vivido naquela região a mais de 20 séculos os dá o direito de reivindicar tanto tempo depois a área? Eles usaram e super estimaram o Holocausto como forma de barganha para conseguir o reconhecimento do Estado de Israel pela ONU (lembrem-se que eles já compravam terras na região desde o início do século XIX e já pressionavam os árabes)? São questões que suscitam em cada um opiniões diversas.

Infelizmente o fundamentalismo de ambos os lados impede que as questões acima sejam deixadas de lado para um bem comum. Quem não se lembra de Itzhat Rabin sendo assassinado por um judeu radical justamente por estar procurando o diálogo? E as vezes em que a OLP tentou dialogar e recebeu um não de Israel? Hoje é o Hamás que tenta e está recebendo um não. Israel está preferindo dar ouvidos aos fundamentalistas e aos seus foguetes e homens-bomba do que aos líderes. Tá certo que tais líderes perderam certo controle sobre os liderados, mas a imensa maioria dos palestinos quer o diálogo e caso Israel buscasse o mesmo, certamente os fundamentalistas perderiam rapidamente suas forças. Com a atitude atual, Israel só faz criar novas e novas gerações de radicais.


Homem-bomba carioca pronto para atacar em Copacabana


Estou tocando nesse assunto, porque me lembrei de uma viagem nossa à região uma vez. Rusty foi confundido pelos radicais do Hamás com um homem-bomba voluntário que vivia na região e desapareceu por alguns dias. Sem falar uma palavra de árabe, não conseguiu explicar o fato. Ainda bem, porque acredito que caso tivesse conseguido, teria sido morto, afinal de contas ele já havia visto o quartel-general secreto onde os Guerreiros de Alá preparavam a mão de obra barata que não recebe nem férias e nem décimo-terceiro.

A grande sorte é que a polícia israelense, já sabendo do ocorrido não atirou nele quando o descobriram brilhantemente disfarçado no local onde os radicais o deixaram para realizar o servicinho. Ele foi abordado assim que desceu do meio de transporte usado e voltou para sua amada família.


Rusty disfarçado em foto de jornal israelense assim que desceu do meio de transporte


Outra sugestão, além do livro de Finkelstein, é o filme Paradise Now do Diretor Hany Abu-Assad. O filme de 2005 foi indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro e é uma co-produção entre Palestina, França, Alemanha, Holanda e Israel.



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