domingo, 14 de setembro de 2014

De Nova Lima (MG) para o Brasil, um exemplo de como não se administrar uma cidade

Visão panorâmica do Centro de Nova Lima

Nesse exato momento, centenas de servidores concursados e efetivos da Prefeitura Municipal de Nova Lima, Região Metropolitana de Belo Horizonte, Minas Gerais, estão passando por momentos de incertezas. Como morador de BH, conheço bem a riquíssima Nova Lima, cidade que cresceu sob os odes da mineração. Mas a despeito disso, benefícios, incluídos inclusive em lei, vem sendo retirados dos servidores.

Contudo, surpreendentemente, um dos mais proeminentes jornalistas da cidade, e servidor contratado da prefeitura, diga-se, alega que a cidade tem dinheiro. Wilson Otero Filho informa em um editorial em seu folhetim semanal Cultura e Comércio, que o município possui em caixa 90 milhões de reais. Hummm! Muito bem! Ou seja, o problema da cidade NÃO é dinheiro como eu imaginava. É irresponsabilidade mesmo. Chegou-se a essa situação porque extrapolou-se o limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal no que tange ao pagamento de funcionários. 

"Ora, então tem que cortar mesmo Clark", você provavelmente irá dizer, mas percebe-se que há algo errado, quando se verifica mais detalhadamente os motivos que levaram a cidade a essa situação. A Prefeitura Municipal de Nova Lima está repleta de contratados, o que de fato, onera os cofres, mas ao invés de demitir os contratados, e assim limpar a pesada folha municipal inchada por eles, o Excelentíssimo Senhor Prefeito Cássio Magnani Júnior, vulgo Cassinho, (PMDB), prefere retirar benefícios de concursados, coisa que admito, extrapola o bom senso muitas vezes, mas que é direito deles.

No mesmo editorial, Wilson Otero Filho dá uma dica de porque isso não foi feito: "O problema hoje da Prefeitura é que quando Cassinho tomou posse, ele não dispensou o excesso de funcionários que tinha na gestão passada, o que deveria ser feito para abrir nossas vagas aos cargos de sua confiança na sua administração. CONCLUSÃO, CASSINHO FOI HUMANITÁRIO, e por causa disto está prejudicando a sua gestão e terá que se posicionar."

Jornal Cultura e Comércio, Edição 671, 11/09/2014, pg.2
 
Humanitário? Bem vivemos no Brasil e qualquer um que entenda o mínimo sabe o real motivo da não demissão. O que o jornalista se "esqueceu" de mencionar, é que Cassinho era candidato da SITUAÇÃO. Logo, era apoiado pelo seu antecessor, Carlos Roberto Rodrigues, vulgo Carlinhos, (PT). A propósito, a vice de Cassinho, Maria de Fátima Monteiro de Aguiar, vulgo Fatinha, também é do PT.

Não! Nós não somos idiotas! Sabemos o real motivo da não demissão dos contratados, muitas vezes apoiadores de campanha, cabos eleitorais, parentes de amigos etc. Mas, já que Cassinho é assim tããããão humanitário, esperamos que ele seja com quem deve ser por direito, ou seja, os concursados.

Ah! Não sei se te interessa saber, mas além disso, Cassinho, Fatinha e Carlinhos estão envolvido em um escândalo de doação de lotes durante a campanha eleitoral de 2012 (Notícias sobre aqui, aqui e aqui).

Que todo esse exemplo de má administração sirva aos novalimenses e a todos os outros centenas, talvez milhares, de municípios em que os administradores utilizam conchavos ao invés de gestão pública como o norte em suas decisões.

Com informações de Estado de Minas e aqui, G1 e Cultura e Comércio

Artigo original. Sua reprodução é livre desde que seja incluída a fonte e, nos casos
de mídias eletrônicas, o link ativo http://feriasdoclark.blogspot.com/. Lei n.º 9.610/98.

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