Então agora os hospitais particulares não poderão mais exigir o cheque caução ou a promissória para atender um paciente em situação de emergência? Ok! Agora, não sejamos hipócritas. Essa é uma atitude certa, mas novamente é tapar o sol com a peneira.
O ideal seria uma saúde de qualidade e acessível para que as pessoas não precisassem recorrer a hospitais particulares, afinal de contas, nem sempre temos um hospital público em nossas imediações e muito menos de qualidade.
Mas vamos colocar o dedo na ferida?
Muitas pessoas "comuns" morreram sem atendimento devido a exigência de garantias financeiras dos hospitais particulares e essa lei só foi sancionada depois da morte do secretário do Ministério de Planejamento Duvanier Ferreira no início do ano de infarto após ter o atendimento negado em dois hospitais particulares de Brasília. Com certeza os familiares não buscaram atendimento em um hospital público, pois como o parente era membro do governo, conhecia bem a "qualidade" do serviço público de saúde.
Esse é o ponto que eu queria chegar. Mesmo sem ter condições de garantir o pagamento da conta, os familiares do senhor Duvanier buscaram atendimento privado. Se a saúde pública fosse de qualidade, eles poderiam buscar socorro em um hospital público. Esse é primeiro ponto que obriga as pessoas a recorrerem a hospitais privados. O segundo pode ser a questão geográfica. Os hospitais públicos ficam muito mal distribuídos, concentrados nas chamadas "áreas hospitalares". Obviamente em uma situação de emergência, busca-se o mais próximo.
Sem querer ser insensível, nós que pagamos caríssimos planos de saúde queremos saber quem pagará a conta dos inúmeros calotes que os hospitais privados tomarão.
Seja através de aumento dos planos ou do auxílio do governo, de uma forma ou de outra pagaremos a conta de quem não tiver como pagar. E numa conjuntura hipotética, temo inclusive que os hospitais privados comecem a deixar de oferecer atendimento emergencial.
Seja através de aumento dos planos ou do auxílio do governo, de uma forma ou de outra pagaremos a conta de quem não tiver como pagar. E numa conjuntura hipotética, temo inclusive que os hospitais privados comecem a deixar de oferecer atendimento emergencial.
Ai o que já era ruim ferrou de vez...
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